FUNDAMENTOS DA PUBLICIDADE BEM FEITA
Todos sabemos que desenvolver uma campanha publicitária envolve uma sequência de ações que começam lá no departamento de marketing.
Seu principal objetivo é canalizar ações de estímulo ao público consumidor e assim desencadear vendas e lucratividade para o negócio.
A propaganda brasileira teve sua época de ouro nos anos 80 quando praticamente dominávamos o top list dos principais festivais internacionais de publicidade.
Mas hoje passamos e sofremos uma grave crise de criatividade.
Há anos nosso desempenho em Cannes tem sido sofrível.
Há anos não vemos, lemos ou ouvimos algo realmente criativo na mídia.
Está difícil ficar atento aos breaks comerciais para quem antigamente zapeava nos intervalos em busca de filmes criativos e interessantes.
Vender é o objetivo final, nisto todos estamos de acordo e a propaganda ainda é a principal ferramenta para se atingir este objetivo.
A grave consequência da crise critiva de nossas agências é o pífio desempenho de muitas empresas e seus produtos.
Se observarmos as estatísticas dos números do desempenho financeiro dos últimos 4 anos a indústria brasileira anda no vermelho de forma gravíssima.
O governo tem sua parcela de culpa, muita culpa.
A má administração empresarial tem grande parcela de culpa.
A incompetência de profissionais de marketing é também responsável por estes resultados negativos.
Mas, de forma mais contundente, a falta de criatividade de uma campanha publicitária é co-responsável por estes fracassos pois, mesmo com as incompetências citadas acima uma agência criativa, com profissionais criativos deveria utilizar toda sua capacidade para gerar um fator único de estímulo ao consumidor:
DESEJO
Pois é, este é o binômino do sucesso de uma campanha:
CRIATIVIDADE = DESEJO
Gerar desejo, estimular impulsos de consumo, criar sonhos, desenhar realizações, instigar o coração.
Quando se cria um filme, um anúncio para revista, um spot de rádio ou uma campanha multimídia o desejo de adquirir, ter posse, ser dono, realizar sonhos é o objetivo fundamental.
Outrora a Promoção de Vendas era uma ferramenta utilizada como último recurso quando uma campanha tradicional falhava ou para uma queima verdadeira de estoques.
Baixava-se consideravelmente o preço final para o consumidor ser atraído não mais pela qualidade do produto ou pelo desejo de possuir mas, pricinpalmente para que o preço baixo fosse o mais atraente e definitivo recurso.
Ligue sua televisão neste momento, abra seu jornal preferido, sintonize sua rádio, navegue pela internet e o que você verá são campanhas e mais campanhas promocionais.
Aquela que deveria ser usada como ferramenta de último recurso hoje é colocada em prática como meio principal.
E o pior de tudo, a Promoção hoje em dia mente descaradamente publicando falsas queimas de estoque, parcelamento de compras que ludibriam ostensivamente o consumidor, criando diariamente datas promocionais para desova de estoques.
Existe uma solução para esta crise criativa?
Creio que sim.
Talves os grandes nomes da publicidade e do marketing brasileiro devessem estar reunidos e abrir um forum de discussões para reverter esta situação.
E talves a maior dica para se reverter este processo de prostituição publicitária seja voltar a enxergar o consumidor como um coração cheio de desejos e sonhos e não mais unicamente com um um bolso, uma bolsa, uma carteira de dinheiro ou um cartão de crédito pronto para gastar.
Quero ter aquilo que eu desejo ter e não o que eu posso comprar.
Utopia? Idealismo?
Não, somente é minha visão, prática e real do nosso momento atual.
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