quinta-feira, setembro 07, 2006

ARTIGO DE JOSÉ ANÍBAL

Por um país mais ético, justo e desenvolvido

Depois do desastre do governo Lula, o Brasil tem a oportunidade, em outubro próximo, de retomar o bom caminho e fazer uma aposta no futuro. Embora tenhamos perdido todas as oportunidades nos últimos anos de entrar no mundo desenvolvido, ainda possuímos um enorme potencial para crescer.

Para isso, bastam algumas ações perfeitamente possíveis, desde que você tenha um Estado menos esbanjador e mais comprometido com o desenvolvimento e o bem-estar das pessoas. Com a eleição de Geraldo Alckmin, tenho certeza que será possível reverter o atual quadro de estagnação, corrupção e incompetência que se instalou no Palácio do Planalto.

Será preciso, antes de mais nada, investir forte em educação, saúde e segurança. Vamos ampliar para todo o país conquistas que os governos Mário Covas e Geraldo Alckmin obtiveram em São Paulo, como a carga horária de 6 horas por dia na sala de aula e o Programa Saúde da Família. Também é preciso investir forte na construção de presídios de segurança máxima, na inteligência policial e na fiscalização das fronteiras, impedindo o contrabando de armas e drogas.

Outra medida importante será incentivar a ampliação das Faculdades de Tecnologia (FATECs) e escolas técnicas. Quando secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico em São Paulo, criei cinco novas FATECs e 14 escolas técnicas.

Nessas escolas houve um aumento de 50% no número de alunos matriculados. Esta é a grande porta que se abre para os jovens mais carentes, que têm dificuldade para ingressar numa universidade e precisam de uma alternativa para se qualificar e ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Nas Fatecs, quase 100% dos alunos formados já saem dali empregados. É mais uma conquista de São Paulo que deve ser ampliada para todo o país.

Também será fundamental encaminhar e aprovar uma agenda de reformas no Congresso. É urgente e inadiável votar, já no primeiro semestre do próximo ano, a reforma política. Ela vai organizar melhor o nosso sistema político, permitindo que sejam aprovadas outras reformas essenciais para que o país possa dar o grande salto rumo ao desenvolvimento. É o caso das reformas tributária, trabalhista e previdenciária.

Outro tema inadiável é a redução da carga tributária. Os governos ficam hoje com 40% de tudo o que as pessoas conseguem produzir no país, sem dar qualquer contrapartida decente em serviços para tamanho apetite fiscal. Os serviços devem melhorar, mas a carga tributária também precisa cair. E essa queda só será possível com um corte significativo nos gastos públicos, reduzindo o tamanho da máquina para torná-la mais eficiente.

É preciso um Estado mais enxuto e ágil, que possa atender melhor e mais ao cidadão por um custo menor, e que seja investidor nos serviços e na infra-estrutura.

Por último, não menos importante, quero destacar a necessidade de alocar recursos para investimentos. Não é mais possível utilizar nessa rubrica apenas 0,4% do nosso PIB. É preciso aumentar esse índice para 5% como meta, induzindo ao desenvolvimento, com atração de novos investimentos e aumento de nossa presença no mercado internacional. Isso vai representar mais empregos e salário para os brasileiros.

(*) José Aníbal, vereador mais votado da Capital, foi o líder do governo na Câmara Municipal. Foi deputado federal por três mandatos, líder do governo FHC na Câmara dos Deputados e presidente nacional do PSDB. Também ocupou a Secretaria de Ciência e Tecnologia no governo Mário Covas. Site: www.joseanibal4586.can.br E-mail: joseanibal@joseanibal.org.br.

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